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Caso Zaira: júri é cancelado após defesa do acusado abandonar plenário

O júri popular do sargento da Polícia Militar Pedro Inácio Araújo, acusado de estuprar e matar a universitária Zaira Cruz, de 22 anos, foi cancelado nesta terça-feira (3) após os advogados do réu abandonarem o plenário do Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal. A decisão levou à dissolução do Conselho de Sentença e a suspensão imediata da sessão, que estava em andamento desde segunda-feira (2).

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), a defesa do réu alegou cerceamento de defesa, após ter perguntas indeferidas pelo presidente da sessão, que considerou os questionamentos inadequados. O Ministério Público argumentou que as perguntas poderiam ferir a dignidade da vítima, posição acatada pelo magistrado responsável pelo julgamento. O caso segue tramitando em segredo de justiça.

A Justiça informou que a 2ª Vara Criminal de Natal deverá remanejar outras sessões para que um novo julgamento ocorra ainda em 2025. O Ministério Público solicitou que os custos da sessão cancelada sejam levantados, com a possibilidade de pedir ressarcimento por parte da defesa, diante da interrupção inesperada dos trabalhos. O júri tinha previsão de durar toda a semana, com depoimentos de até 22 testemunhas.

Zaira Cruz foi encontrada morta dentro do carro de Pedro Inácio no dia 2 de março de 2019, durante o carnaval em Caicó. O sargento é o único acusado pelo crime, e responde por estupro e homicídio triplamente qualificado, com agravantes de feminicídio e ocultação de delito. Desde a prisão preventiva, decretada em março de 2019, o militar está detido enquanto aguarda o desfecho do julgamento.

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