Com a aproximação do inverno, aumentam significativamente os casos de doenças respiratórias no Brasil, e os idosos estão entre os mais afetados. Segundo o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o vírus Influenza A já supera a covid-19 como a principal causa de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pessoas com mais de 60 anos. Os vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Influenza são considerados os mais perigosos nesse grupo etário.
Até o início de maio, o país contabilizou mais de 24 mil hospitalizações por SRAG, sendo metade atribuída ao VSR nas quatro semanas anteriores, além de 11% dos óbitos. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, a imunidade mais baixa nos idosos e a presença de comorbidades aumentam significativamente o risco de complicações. “O sistema imunológico envelhece, e isso os torna mais vulneráveis a infecções graves”, explica.
Condições como doenças cardíacas, pulmonares, diabetes e insuficiência renal agravam ainda mais os efeitos dos vírus respiratórios em idosos. Estudos da Fiocruz mostram que a letalidade do VSR nessa faixa etária é 20 vezes maior que em crianças, podendo chegar a 26%. Em idosos com insuficiência cardíaca, o risco de hospitalização pelo vírus pode ser até 33 vezes maior.
Para reduzir os riscos, especialistas reforçam a importância da vacinação, além de medidas preventivas como o uso de máscaras em caso de sintomas, higienização frequente das mãos, ambientes ventilados e o distanciamento de pessoas doentes. Essas ações são fundamentais para proteger a saúde e a autonomia dos idosos durante o período mais frio do ano.
