Em mais uma reviravolta na política externa americana, o presidente Donald Trump retomou o envio de armas à Ucrânia, anunciou que está avaliando novas sanções contra a Rússia e fez críticas diretas ao presidente Vladimir Putin. “A gente ouve um monte de besteiras de Putin. Ele é muito simpático o tempo todo, mas isso acaba não fazendo muito sentido”, afirmou Trump a repórteres na Casa Branca.
O republicano demonstrou frustração com a postura russa diante da guerra na Ucrânia, destacando que os combates já causam cerca de 7 mil mortes por semana. Após suspender o fornecimento de armamentos na semana anterior, ele voltou atrás e agora promete reforçar o arsenal ucraniano, com foco em sistemas defensivos. “Eles estão sendo duramente atingidos. Vamos enviar mais algumas armas, principalmente defensivas”, afirmou.
A mudança de postura representa uma ruptura no discurso de Trump, que historicamente se mostrava relutante em confrontar Putin e cético quanto à ajuda americana ao governo ucraniano. A decisão acontece após um ataque maciço da Rússia a Kiev e outras cidades, com mais de 500 drones e 11 mísseis. Apesar da retomada do apoio, autoridades ucranianas consideraram o número de interceptadores Patriot prometido — apenas 10 — como “minúsculo” e apelaram por maior estabilidade e continuidade no envio de armamentos.
No Congresso, a política externa errática de Trump gerou críticas até mesmo dentro de seu partido. O senador Mitch McConnell afirmou que a falta de uma estratégia clara prejudica a liderança global dos Estados Unidos e enfraquece sua credibilidade diante dos aliados.